Folhas verdes adiam envelhecimento neurológico

Corpo são em mente sã com cérebro saudável
 
Pesquisa feita por universidade norte-americana e publicada na revista médica Neurology conclui que pessoas que têm o hábito de comer uma porção de folhas verdes por dia podem adiar por até 11 anos o envelhecimento do cérebro. O estudo durou mais de 20 anos e foram acompanhadas 960 pessoas.

"Os alimentos do estudo são espinafre, couve, alface e grãos. O trabalho começou em 2004 e terminou em 2017. Aquelas pessoas que consumiam mais alimentos verdes escuros, com caule ou grãos, em 2004 apresentaram menor desenvolvimento de demência em 2017 do que quem comia menos", informa o neurologista Denis Bichuetti, membro da ABN (Academia Brasileira de Neurologia) e diretor editorial da ABNews.



"A análise foi controlada para evitar que fatores como sedentarismo, obesidade, tabagismo e doenças clinicas influenciassem no resultado, demonstrando que só a alimentação já é um fator protetor", complementa Bichuetti
Ele ainda explica que quanto melhor você tratar o seu organismo, melhor será o funcionamento da cabeça.

"E um cérebro que funciona melhor é um cérebro que degenera mais devagar, tem declínio cognitivo (perda de memória, falta de atenção, raciocínio lógico) mais lento", destaca.

Para isso, Denis dá algumas dicas. Alimentação saudável é uma delas. Evitar gorduras, carnes, frituras e refrigerantes é também essencial para o cérebro.

"É preciso comer determinadas porções de frutas, verduras e legumes por dia e evitar excesso de carne, gordura, frituras e refrigerantes, pois esses últimos são tóxicos para o organismo. De certa forma, quanto mais conservantes for consumido, mais será acelerado o envelhecimento", ressalta.

Outros conselhos para manter o cérebro em forma é praticar atividade física e dormir bem, pois "tanto o exercício como o sono regular atrasam o declínio cognitivo. Agora a privação de sono, mau cuidado com a saúde e sedentarismo, pelo contrário, fazem com que o declínio cognitivo seja mais rápido ou aconteça mais cedo do que em pessoas que se cuidam."

Segundo Denis, é raro que alguém desenvolva demência, por exemplo, aos 40 anos, mas enquanto o grupo que cuida da saúde pode apresentar problemas aos 80, no outro, que não tem preocupação com o corpo, as enfermidades poderão aparecer aos 70, 75.

"Aquilo que o indivíduo faz aos 40 anos influencia na saúde ou envelhecimento cerebral dos 70. O que você faz aos 20, 30 40 anos influenciará sim seu organismo aos 70, 80, 90 anos. Quando o indivíduo desenvolve Alzheimer, ou quando o indivíduo, já aos 80 anos, apresenta problema no joelho, quando ele já está sem resistência muscular, não há muito o quê fazer, não é possível voltar atrás. Então, cuidar bem do corpo hoje interfere na qualidade de vida futura".

Denis Bichuetti finaliza lembrando que esses estudos "são essenciais para que a população que hoje tem 20, 30 anos possa envelhecer de forma saudável, pois a expectativa de vida será de 80 anos e nessa idade nenhum medicamento fará diferença. Portanto, é preciso cuidar bem do seu corpo hoje."














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